sexta-feira, setembro 16, 2005


Noite após noite, de madrugada o metropolitano leva-me para longe. Nas inúteis paragens suburbanas, pelas janelas abertas ou através das ruas passsam estradas e para lá de mim há cidades alargadas no céu cinzento e calcinado. Enlaçado na chuva ateia, perdido por todos os dias te esperar para jantar avistei uma fogueira para norte e lá vou eu: é quase hora de partir, de voltar para casa, para uma esquina esquecida e de água habitada pelo cansaço numa qualquer perícia anoitecida de sonhos.