domingo, janeiro 01, 2006


Eram os anos que passavam. passavam por entre as grades da minha alma. e eram apenas dias como grandes animais deitados ao acaso. dentro de mim e anoitecido à sombra das cidades no rancor do tempo. do rosto frente ao espelho. dos dias de trabalho. das manhãs em que saía de casa e era ainda noite. e nas gaiolas que apodreciam ao vento nenhuma ave tinha nascido ainda do sono.