quinta-feira, janeiro 12, 2006


Quando me deito para trás na minha cama sonho que o a manh'ser traz em si todos os viajantes e com eles toda a História do mundo. recapitulada através de mim. nesta chuva tão humana de me encontrar só no meio de pequenos papelinhos sem sentido. De Ulisses a Holgersson toda a realidade se dobra em espiral para um fundamento livre no único e verdadeiro caminho. aquele que é finalmente sem caminhante. bem sei que tudo isto é sonho e que por isso inevitavelmente me será fatal. a poesia. o silêncio. neste ardor. nesta cidade tão alta que até as gruas atormenta. No destino do Ser tudo isto está inscrito e escreve-se através do tempo que se desenrola no suor da vida e em cada imagem na breve distância dos seres que anoitecem para a ternura da minha morte. naufragada no terror.