quinta-feira, fevereiro 16, 2006


ou o árduo trabalho das asas pela noite das imagens. e o rosto de Bastian às vezes sorria. enquanto caminhava para trás? enquanto caminhava para trás nenhuma palavra lhe sobrevivia hoje. diz-me: diz-me, que hoje estás tão bonita mãe. que hoje há mil mãos que me seguram de cabeça para trás e na água eu vejo o teu rosto a sorrir no meu por entre os pássaros numa espécie de calor que hoje não sei escrever. desapareceu?, e Bastian caminhava. e dizia. através do tempo. os pássaros. a laranjeira. eu não esqueço a laranjeira, mãe. e os pássaros naquele cheiro com tanta força como as asas. eu não me esqueci. nas tuas asas. eu não me esqueci.