terça-feira, março 28, 2006

Ou eu adormecia de uma dor tão imensa por te ter perdido. ou era sem saber a cabeça de um homem de vidro. era tão violenta aquela ideia: o chão perdido, a memória. o amor dentro de um quarto tão fechado. as pilhas gastas nos brinquedos esquecidos. límpidos. límpidos eram os meus olhos quanto te sonhava reconstruindo a resina do amor. porque naquele tempo todo ele era o amor por dentro das veias. as veias intensamente ardidas para a morte enquanto. enquanto eu adormecia. aqui. com a minha cabeça entre a luz encantada pelos longos violinos de uma vida esquecida. numa casa esquecida. com a minha cabeça tão límpida como uma luz transparente ou um homem de vidro. na minha cabeça. na minha cabeça as imagens. o coração no meio do nevoeiro. e a minha alma. incandescente e límpida. a minha alma na minha cabeça. e a pergunta: O que siginifica adormecer?