sábado, julho 29, 2006



Durmo todo o dia e pouco me importa o frémito do Verão. Ao fim da tarde, no verde escuro de uma sala secretamente deitada sobre o cansaço, nasce na luz uma janela que se ergue sobre a parede. Não tarda nada é vez de cair a noite, parece dizer na fala própria das janelas. Sem nenhum clamor os meus lábios fecham-se sobre os olhos. e o cansaço secreto de uma janela. invade-me. o coração redondo como um pássaro fechado numa canção. deitar-me: tão somente. adormecido. deixado aqui. invadido. deixa-me aqui. adormecido. porque pouco me importa. o dia.