terça-feira, julho 18, 2006


ou então eram aqueles violinos vindos de dentro do amor. do lado de cá da noite, a luz aspira ainda o calor dos prédios e lá longe, no lastro distante dos céus, quando a luz se esquece de ser dia e se despem as camisas, chego junto à janela de água que escorre parede abaixo junto ao meu rosto. não sou colhido pelo vento. não flutuo nas nuvens e quando devagar pousa a noite nos autocarros que agora adormecem todo eu sou humano dentro deste sossego e visto um pijama tão igual e empacotado como os de todos os outros. nenhum grito, afinal, me escreve. talvez eu seja este escuro parado no meu rosto. ou esta voz rouca e sussurrada no rumor cintilante desta terra coroada de noite. após noite. por dentro do amor.