domingo, março 25, 2007

ao fim da tarde o meu quarto está sozinho dentro de mim como um animal deserto e quieto. as minhas paredes pensam em ti incendiadas pela inutilidade de todas as palavras. elas pensam em ti incendiadas na ternura da distância e do silêncio branco. elas pensam em ti naquela ternura imóvel de um animal elegante que está ferido e deitado entre o cabelo de uma mulher e as pétalas da sua sombra.